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sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Eu e a auto-ajuda

Se você perguntar, uns vão ficar envergonhados e vão dizer que não, não têm preconceito; outros vão dizer na cara de pau que odeiam, que não deveria existir, que é um desperdício e tal. Livros de auto-ajuda são um tema polêmico, principalmente entre pessoas que estudam literatura academicamente.

Eu tive meus preconceitos com livros de auto-ajuda sim. Já disse que são todos iguais, que dão conselhos inatingíveis e tal. Depois, quando estive na m., li alguns. Alguns eu gostei muito, como o francês "La Vie En Rose" (traduzido como "A Vida É Bela"), outros eu gostei na época e hoje vejo como um machismo descarado fantasiado pobremente de feminismo (tipo o "Por que os homens gostam das mulheres poderosas?"). Li coisas que talvez sejam consideradas mais crônicas que auto-ajuda, tipo livros da Martha Medeiros e da Bruna Vieira. E, em todos os livros, ficava com uma sensação de "realmente, é tão simples descomplicar a vida. Vou ser menos preocupada/orgulhosa/problemática". Isso, é claro, só até eu fechar o livro e voltar à "realidade".

Eu não sei se a vida é de fato fácil de descomplicar ou se os escritores só fazem parecer assim. Juro que não faço ideia. Mas tem uma característica que eu gosto muito nesses livros: eles nos deixam mais leves, de bem com a vida, com o sentimento de que tudo pode mudar e ser melhor. E, bem, não dá pra mudar tudo, mas algumas coisas podem. Às vezes, a gente não quer uma solução misteriosa e mágica pra todos os nossos problemas, só precisamos de um autor pra tirar o peso das nossas costas um pouco ;)

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