Páginas

domingo, 25 de maio de 2014

Dress like you have something to say

Eu sempre gostei de moda, mas sempre me senti um tiquinho mal por isso. Vou tentar explicar. Nunca liguei pra alta costura, revistas tipo Vogue e sempre preferi comprar livros e DVDs a roupas. Obviamente, também não há nada de errado com ligar para alta costura, Vogue e comprar mais roupas que livros. Contanto que se mantenha uma consciência crítica e que ninguém saia machucado, sou adepta do "pode-tudo". A questão é que a minha consciência crítica me alfinetava a cada vez que eu gastava tempo demais em blogs de moda e passeando por shoppings. Ouvia gritos de "alienada" e "fútil" pela minha própria cabeça. Então, depois de ler esse texto aqui, da fofa revista Capitolina tive uma série de epifanias e fui escrever o que já estava numa gaveta mental há tempos.

Sempre me vesti para mim, e nunca tive problemas em usar alguma coisa e ter medo de parecer "ridícula". Minha combinação preferida é saia skater (que eu só descobri que tinha esse nome recentemente. Pra mim, qualquer sainha minimamente rodada era "estilo-menina-de-colégio-normal"), meia-calça, Melissa e camiseta com estampa divertida. Jeans, camiseta e All Star quando tô com preguiça. Mesmo nos dias mais básicos, eu nunca estou sem alguma peça diferente. Pode ser uma Melissa com a estampa da Malévola (ou da Bruxa Má da Branca de Neve, ou da Madrasta da Cinderela), uma bolsa com o desenho de uma coruja, um All Star com estampa de donuts ou uma camiseta com os dizeres "Alguns infinitos são maiores que outros".

De jeito NENHUM eu acho que todos tenham que se vestir assim, de forma diferente. Mas eu acho sim que todos deveriam se sentir livres para vestirem o que bem quiserem, fora do que é imposto pelos padrões. Eu ainda tenho que melhorar muito nesse aspecto, pois tremo a cada vez que vejo alguém de pochete na rua, ou com aqueles shorts que deixam metade da bunda de fora. Sei lá, não curto muito estar andando e OPS, TEM UMA BUNDA NA MINHA FRENTE. Enfim. A questão é que o que o outro veste não é da minha conta e não vai fazer a menor diferença na minha vida. Então por que me incomodar com uma pochete? Ou com uma bunda? (Pode parecer confuso eu reclamar de uma coisa e reafirmá-la logo em seguida, mas isso é mesmo um exercício que temos que fazer. Primeiramente, sermos capazes de criticar o nosso modo de pensar. Em segundo, pararmos de nos importar com as roupas de uma pessoa totalmente aleatória na rua, que você nunca viu e que nunca virá de novo.)

Eu sei que, ao se vestir, cada um automaticamente está dizendo alguma coisa através das roupas, mas eu gosto de dizer conscientemente, com um propósito. O que eu digo? "Seus padrões de estilo não conseguiram me enquadrar, bitches!" Ou algo assim ;) Acreditem: na maioria das vezes, é muito mais divertido ser contra a corrente.

2 comentários:

  1. Amei esse post, você simplesmente disse tudo que eu penso. TIROU AS PALAVRAS DA MINHA BOCA NE?! Enfim, tá de parabéns por pensar assim numa sociedade que a gente vive que as pessoas acham que temos que seguir regras e criticar tudo e todos. Amei o post, amei o blog, e já to seguindo. Beijão.
    P.S: você se veste mais ou menos como eu hahaha

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Oi, Micaelle! Tudo bom?

      Que bom que você se identificou com o post e gostou do blog! :D Já fui conhecer o seu e adorei também!

      Seja bem-vinda e volte sempre! :*

      Excluir